EMENTA: AIR - INEFICÁCIA DA LEI ESTADUAL N° 7.542, DE 30/12/1988 E, EM CONSEQÜÊNCIA, DE SUAS NORMAS REGULAMENTARES, FACE A DECLARAÇÃO DE SUA INCONSTITUCIONALIDADE, EM DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 631-2/SC.

CONSULTA Nº: 80/95

PROCESSO Nº: CO07-13336/91-6

01 - DA CONSULTA

A consulente supra identificada, especializada na fabricação de elevadores para automóveis, vem, por seu representante legal, haja vista a incidência do IR sobre a comissão paga aos seus representantes comerciais estabelecidos em outras unidades da Federação, indagar, se nestes casos, o AIR é devido a este Estado ou àquele onde esta estabelecido seu representante.

02 - LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Lei Estadual n° 7.542, de 30/12/88.

Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 631-2/SC.

03 - FUNDAMENTAÇÃO E RESPOSTA

A resposta ao questionamento levantado pela consulente teria seu embasamento na Lei Estadual n° 7.542/88, que instituiu no Estado de Santa Catarina, a partir de 01/03/89, o Adicional do Imposto devido à união, incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital.

Ocorre que, analisando a Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 631-2/SC, em que foi requerente a Confederação Nacional das Profissões Liberais, o Supremo Tribunal Federal assim se manifestou:

"EMENTA: - Ação Direta de Inconstitucionalidade  Lei n° 7.542, de 30/12/1988, do Estado de Santa Catarina.
Tributário.  Adicional de imposto de Renda (Art. 155, 11, da Constituição Federal).  Artigos 146 e 24, parágrafo 3°, da parte permanente da C.F. e artigo 34, parágrafos 3°, 4° e 5° do A.D.C.T.

O Adicional de Imposto de Renda, de que trata o incisoIII do art. 155, não pode ser instituído pelos Estados e Distrito Federal, sem que, antes, a Lei complementar nacional, prevista no "caput" do art. 146, disponha sobre as matérias referidas em seus incisos e alíneas, não estando sua edição dispensada pelo parágrafo 3° do art. 34 da parte permanente da Constituição Federal, nem pelos parágrafos 3°, 4° e 5° do art. 34 do A.D.C.T.
Ação julgada procedente, declarada a inconstitucionalidade da Lei n° 7.542, de 30/12/1988, do Estado de Santa Catarina."

Diante dos fatos, mostra-se prejudicada a resposta à consulta formulada, face a Declaração da Inconstitucionalidade, pelo STF, da citada Lei e, em conseqüência, das normas regulamentares editadas em função daquele diploma legal.

É o parecer que submeto à Comissão.

GETRI, em Florianópolis, em 25 de Outubro de 1995.

Ramo Santos de Medeiros

FTE - mar. 184.968.9

De acordo.  Responda-se à confluente nos termos do parecer, aprovado pela COPAT, na sessão do dia 27.11.95.

Renato Vargas Prux                            João Carlos Kunzler

Presidente da COPAT                         Secretário-Executivo