EMENTA: AIR - INEFICÁCIA DA LEI ESTADUAL N° 7.542, DE 30/12/1988 E, EM CONSEQÜÊNCIA, DE SUAS NORMAS REGULAMENTARES, FACE A DECLARAÇÃO DE SUA INCONSTITUCIONALIDADE, EM DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N° 631-2/SC.

CONSULTA Nº: 70/95

PROCESSO Nº: CO05-07668/91-0

01 - DA CONSULTA

A consulente supra identificada informando que mantêm uma rede de representantes comerciais, pessoas jurídicas, a quem compete a colocação de seus produtos no mercado nacional, formula a seguinte consulta sobre interpretação da Legislação Tributária:

a) as comissões sobre vendas, pagas aos representantes comerciais, estão sujeitas ao Adicional do Imposto de Renda, de Competência Estadual?

b) qual o procedimento a ser adotado quando for devido o tributo, no caso dos atos ou fatos que deram origem aos lucros, ganhos e rendimentos de capital, ocorrerem em outro Estado da Federação?

02 - LEGISLAÇÃO APLICÂVEL

Lei Estadual n° 7.542, de 30/12/88.

Ação Direta de Inconstitucionalidade n°, 631-2/SC.

03 - FUNDAMENTAÇÃO E RESPOSTA

A resposta aos questionamentos levantados pela consulente teriam seu, embasamento na Lei Estadual n° 7.542/88, que instituiu no Estado de Santa Catarina, a partir de 01/03/89, o Adicional do Imposto devido à União, incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital.

Ocorre que, analisando a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 631-2/SC, em que foi requerente a Confederação Nacional das Profissões Liberais, o Supremo Tribunal Federal assim se manifestou:

"EMENTA: - Ação Direta de Inconstítucionalidade. Lei n° 7.542, de 3011211988, do Estado de Santa Catarina.
Tributário. Adicional de imposto de Renda (Art. 155, II, da Constituição Federal). Artigos 146 e 24, parágrafo 3°, da  parte permanente da C.F. e artigo 34, parágrafos 3°, 4° e 5° do A.D.C.T.
O Adicional de Imposto de Renda, de que trata o inciso II do art. 155, não pode ser instituído pelos Estados e Distrito Federal, sem que, antes, a Lei complementar nacional, prevista no "caput" do art. 146, disponha sobre as matérias referidas em seus incisos e alíneas, não estando sua edição dispensada pelo parágrafo 3° do art. 34 da parte permanente da Constituição Federal, nem pelos parágrafos 3°, 4° e 5° do art. 34 do A.D.C.T.
Ação julgada procedente, declarada a inconstitucionalidade da Lei n° 7.542, de 3011211988, do Estado de Santa Catarina.  "

Diante dos fatos, mostra-se prejudicada a resposta à consulta formulada, face a Declaração da Inconstitucionalidade, pelo STF, da citada Lei e, em conseqüência, das normas regulamentares editadas em função daquele diploma legal.

É o parecer que submeto à Comissão.

GETRI, em Florianópolis, em 25 de Outubro de 1995.

José Rubens Schidolski

FTE - matr. 156.579-6

De acordo.  Responda-se à consulente nos termos do parecer, aprovado pela COPAT, na sessão do dia 29/11/95.

Renato Vargas Prux                            João Carlos Kunzler

Presidente da COPAT                        Secretário-Executivo